Há muito tempo que não degustava este petisco que tanto aprecio. Durante a semana, enquanto falava ao telefone com o meu Pai, oiço a minha avó Marília, ao lado dele, a dizer “Diz-lhe que venha almoçar no sábado, é arroz de tordos!”; ao receber o convite, ao saber da notícia, automaticamente o meu cérebro remeteu o pensamento para uma viagem que percorreu o sabor, a textura, o som dos ossinhos dos tordos durante o seu mastigar…Sim, porque, a meu ver, os tordos são para comer inteiros, carne e ossos incluídos!
Chegando o tão aguardado sábado, eis o que nos esperava: uma mesa para nove pessoas (Max, Marília, Ninita, Ana Maria, Pité, Miguel, Maria, João e eu), onde se dispunha um misto de chouriça de porco e chouriça de javali (muito saborosa), um bom pão trigo e, por fim, a grande iguaria preparada religiosamente pela Ana Maria: o fumegante arrozinho, bem apurado com presunto, acondicionando os tordos partidos em quartos. Que delícia!...
A acompanhar este manjar, um bom vinho tinto, que é o que se quer. (Espero ir enriquecendo a minha cultura na área da enologia.)
E assim decorreu a refeição, como que uma despedida da época fria da caça, pois como já disse, em breve virá a pesca, trazendo com ela as tão desejadas trutas.
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